Todo mês é aquela obrigatoriedade de compras para repôr a dispensa da casa. E posso crer que, quase ninguém possui uma disposição bem humorada para enfrentar o velho zaguear entre as gôndolas de um supermercado.
Faz muito tempo, havia algum prazer em fazer a feira, na nossa linguagem regional. Era quase um programa familiar. Nos bastiões mais tradicionais, a dona de casa levava o filho e o colocava dentro do carrinho enquanto escolhia os mantimentos, hoje, com o advento do marketing de guerrilha, essa atitude virou quase uma armadilha. Primeiro porque os gastos aumentam em muito, visto que em cada curva de corredor esconde-se estrategicamente uma promoção bem colorida para fisgar os bambinos, que fatalmente gritarão "mamãe eu quero!'. Segundo porque os corredores estão apinhados de pessoas que angustiam tanto quem empurra o carrinho, quanto quem está dentro dele. Enfim, fazer compras tornou-se uma obrigatoriedade do adulto paciente.
Ademais, outras situações só corroboram para o mal estar que um ambiente de supermercado provoca em seus consumidores. Há até uma corrente rolando nas redes sociais falando do mau atendimento que o Walmart presta hoje na sua rede Bompreço. Em outra, o alvo é a demora da fila dos caixas do Carrefour. Há ainda os que falam dos estreitos corredores do Extra. Enfim, há uma nuance de terror tocando nos supermercados. Mas o que fazer então?
Claro que não esperaríamos de cadeias varejistas deste porte, outra estratégia que não fosse a maximização dos lucros, até mesmo pelo perfil do negócio, embora não seja o tipo de relacionamento aceito por consumidores em outros países. Contudo pergunto: Porque não utilizar-se de mais humor e criatividade? Sim, isso é possível.
O bem estar do cliente nos corredores de um comércio desse, não se restringe somente a sua relação com as prateleiras não. Há percepção periférica é ampliada à medida em que o transitar dele pelos corredores o faz passar por funcionários que riem, em uniformes limpos e que não se eximam em ser prestativos. Agora, some a isso anúncios criativos incluindo o que aquele rapaz do microfone faz sobre as ofertas do dia. Nesse aspecto, me deparei com um vídeo esta semana, que apesar do seu exagero humorístico, é um exemplo do que a criatividade poderia promover na "Semana da loucura" por exemplo. O vídeo é do afamado grupo Porta dos Fundos, mas bem que, delimitando-se os exageros dos palavrões, poderia ser um gerador de humor para quem estivesse no ponto de venda.
Assistam! Vale a pena.
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